Teatro Lincoln Theater

Eu não custumava sair muito da casa do meu clã, mas essa noite resolvi vir ao teatro, já que a maior parte do clã estava "viajando", eu preferia ficar em Forks, cidade pequena, presas fáceis pra mim, entrei devagar, me escorei em uma das paredes e fiquei observando o movimento, e escutando os corações bombearem sangue, o cheiro era ótimo. Não via a hora de terminar eu atacar!

Um garoto parou ao meu lado, eu o incarei brava, senti um cheiro estranho vindo dele, eu detetasva contatos com pessoas, pelo menos com as que não viram meu jantar.
-Ta olhando o que? - Perguntei.
A sede aumentava a cada minuto, eu estava ficando cada vez mais brava e rabujenta.

O garoto sorriu para mim, até que era bonito, mas nas minhas condições eu tinha que dispensar namorados "normais".
-Oi. - Tentei sorrir em resposta, mas acho que saiu uma careta, ou quase isso. - Sou Audrey! E o que você é? VocÊ também tem um cheiro estranho, pelo menos pra mim!
Eu não tinha muita esperiência com outras especies de criaturas, eu saia somente para caçar, e se ele podia sentir meu cheiro, era porque ele também era uma criatura, assim como eu.

-Ahn, mas isso é meio estranho não acha? Um lobo... Com vampiros... Mas cada um, cada um. E o que vocês comem?
Eu estava ficando mais interessada pela especie do que eu realmente pensei que ficaria, ou talvez meu interesse fosse por ele, mas como eu já disse, dispenso namorados que ainda tenham um coração que bata.

-Tchau!
Acenei para o garoto, lobisomen, ou seja la o que ele for...
"Como sempre, tempo perdido, não sei porque ainda me presto a falar com as pessoas, deveria ter apenas ignorado e saido dali!"
Continuei a olhar para as pessoas ali sentadas, assitindo o teatro, sem ao menos saber que em breve, qualquer uma delas, poderia ser atacada.

Um garto, muito metido para meu gosto, passou a me rodear, fazendo perguntas que literalmente não eram de sua conta.
-E isso é de sua conta garoto?
Um pequeno grunhido nascia em minha garganta, apenas instintos.

Cai ao chão gritando de dor, aquele infeliz me rodiava, um azarador, por que não percebi antes? Fui burra ao lidar com alguém que não conhecia, mas o que posso fazer? Quando estou com sede fico mais brava do que deveria.
-Não sabia o que ele era! Ele me falou depois de já ter se aproximado! Não tenho muito contato com outras... Coisas!
Falei com a voz tremula, ainda me doia algumas partes do corpo "morto". Burra! Até parece que não aprendeu nada da última vez que foi "rude" com um vampiro, você virou essa aberração que é hoje!
Me levantei do chão ainda tremula, e olhei para o garoto.

O garoto sumiu, simplesmente sumiu, me deixando falando sozinha. Eu estava irritada de mais para esperar o fim do teatro, por isso agarrei um garoto pelo braço e com a velocidade que veio de brinde com o veneno do meu "pai" sai dali, sem ninguém ao menos perceber.
-Olá! - O garoto me olhava assustado. Seu cheiro era ótimo, o barulho de seu coração era forte e sua respiração estava forte, estava nervoso, e com certa razão. - O que você acha de um jantar?
Estavamos em minha casa, uma cabana na verdade, onde ás vezes recebia a visita de meus "pais" e "irmãos", o garoto me fitava, ás vezes abria boca para falar algo, mas logo a fechava, me via preparar uma bela mesa, eu adoro esses jogos.
-Sente-se! - O garoto levantou do chão e sentou-se a mesa! - Sabe o que comeremos? - Balaçou a cabeça negativamente. - Tem alguma sujestão? - Novamente respondeu que não com a cabeça. - Eu tenho... Que tal... VOCÊ!
O garoto riu maliciosamente, literalmente ele havia interpretado mal o meu "jantar", tirei uma faca de detro de minhas botas, fazendo-o perceber minhas reais intenções. Ele disparou a correr pela floresta que cercava a minha casa, e sem sucesso algum, tentou fugir de mim.
-Não adianta fugir!
Joguei-o ao chão e comecei a carnificina, exatamente do jeito que gostava, sangue para todos os lados, o cheiro me deixava louca. Logo estava satisfeita e joguei o corpo no pequeno rio que passava ali perto.
-Adeus. O jantar foi ótimo, pena que não repetiremos mais vezes.
E com essas palavras sai dali.